Ao nascermos, nossos pais desejam sempre, tudo de melhor para nós. Com a pretensão de garantir que tenhamos isso, eles nos protegem, nos orienta, nos educa, se dedica e cuida muito bem de nossas ações e atitudes, ainda irracionais. O tempo passa, a gente cresce e temos nossos próprios sonhos. Sonhamos em nos formarmos, termos um bom emprego e construirmos uma família toda certinha. Em nossos pensamentos, nada pode dar errado, isso porque nos empenhamos imensamente, para que tudo aconteça, conforme o planejado.
Com isso, caímos no mundo de sonhos, onde tudo é perfeito. As fases da vida vão passando, a maioria dos sonhos vão mudando, mas um segue firme: queremos ser felizes. Para tanto, educamos bem os filhos, oferecemos tudo de melhor para eles e sonhamos com a felicidade plena dos mesmos. De repente, a gente acorda para realidade. O tempo passou e só vivemos de faz de conta. Aceitamos o mínimo, sendo que merecemos um pouquinho mais que isso.
As pessoas de nossas vidas, não nos têm como as pessoas da vida delas. Enquanto almejamos ser prioridade para elas, não passamos do último lugar. Muito embora nos dediquemos o máximo possível para conquistarmos o melhor dos outros, só recebemos o pior em troca. Então, chegamos à conclusão, de que, tudo que fazemos é em vão, sem efeito nenhum positivo e nesse momento, chegamos à fase do tanto faz. Fase essa, que deixamos de sonhar e acreditar naquilo que já percebemos ser impossível. Nada mais nos surpreende, pois esperamos sempre o pior dos outros, tendo em visto, ser apenas isso que recebemos a vida toda e o que é pior, chega o momento em que não nos reconhecemos mais, pois por só recebermos o pior dos outros, nos tornamos uma pessoa também ruim, em que mostramos ser aquilo que não somos, uma pessoa ruim, de quem a alegria e a felicidade fugiram, dando espaço para a amargura e o rancor.
Diante disso, desistimos dos nossos sonhos e cansamos de lutar pela realização dos mesmos. Passamos a uma vida sem razão de ser, aquela em que, se está bom ou ruim, não faz mais diferença. Com isso, chegamos à pior fase da vida: A DO TANTO FAZ.
Cleonice Machado
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