Destrava
A
busca pela perfeição
Pode
a vida atrasar
O sonho
arredondado
Só está
no imaginar
Às vezes
pegar desvio
Percorrer
caminho sombrio
E tudo
embaralhar
É a ação
estratégica
Para
tudo destravar.
Usar
o retrovisor
Para
o ontem observar
É uma
proposta arriscada
Com tendência
a complicar
Como
uma grande cancela
Disposta
na passarela
Que o
passo à frente fica a bloquear
Impedindo
o avançar
E novos
caminhos encontrar.
Exclui
as possibilidades
Ser escravo
da esperança.
Desestrutura
a mente
Tudo
perde a relevância
Navega
na imaginação
Desativa
a libertação
Ignora
a razão
Elimina
a concordância
E suborna
a tolerância.
Acreditar
na palavra
Com atitude
incoerente
Aceitar
o congelador
Trava
até, do humano, a mente
É preciso
destravar
Para
o amanhã olhar
Encontrar
o libertar
Não perder
a identidade
E apropriar-se
da vontade.
Focar
no que tem para hoje
Da armadura
sair
Se desfazer
da bagagem
Viver
o que tem por vir
Libertar
da ilusão
Do elo
se desprender
O controle
abandonar
Até a
dúvida matar
E no
novo, confiar.
A trava
prende o sorriso
A trava
prende o sonhar.
A trava
prende a realização
A trava
prende o encantar.
A trava
impede a busca
A trava
impede o encontro.
Por isso,
desative a trava
Aplique
o desbloquear
Viva
o que tem para viver
Praticando
o destravar.
Cleonice Machado
Amarante,
16 de janeiro de 2022
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