A
Resposta
De
repente, o céu se abria e uma estrela nascia.
Era
tamanha a alegria, que o coração não cabia.
Chegava
a hipnotizar, quase impossível acreditar.
Para
a confirmação, a tocava com a mão e verificava a respiração.
Finalmente,
a princesa, de imensa beleza, trazia a certeza, de Deus a grandeza.
De
sorriso exuberante, de olhar deslumbrante e porte elegante.
Exemplo
de lealdade, grande força de vontade e inteligência inquestionável.
Com
poder de superação e de reconstrução.
Sem
de quem pegar a mão, sozinha na imensidão, com fé no Deus da criação.
Caminhos
difíceis percorreu, nem toda guerra venceu.
Pelo
luto se envolveu e ninguém a socorreu, para enxugar o pranto seu.
No
casulo se fechou, do mundo se afastou, com o silêncio falou e para frente
olhou.
Mesmo
sem motivação, cercada pela escuridão, sem certeza da razão,
incapaz
de tocar o chão, manteve a respiração.
Tendo
que com gigantes lutar, do foco não se afastar e a vitória buscar, para a vida
iluminar.
Cada
obstáculo vencendo, na luta, jamais se rendendo, por mais que estivesse
sofrendo, a esperança ia mantendo e no mundo, sobrevivendo.
Colocou
sua armadura, para suas fraquezas não mostrar.
Por
traz de um largo sorriso, precisou a lágrima camuflar.
Nas
dores insuportáveis, ela escolheu recuar.
Pelo
impossível lutou, na justiça acreditou, nem tudo ela superou, porém jamais se
afastou, que para ela sonhou.
Contudo,
necessitou desistir, para a vida seguir, reencontrar o sorrir e novas metas
atingir.
Leva
consigo sua essência, exibe sua transparência, aprende com a experiência e
busca a resiliência.
As
mágoas são trituradas, do coração afastadas, para o esquecimento levadas e
sabiamente perdoadas.
A
princesa tão esperada, em guerreira transformada, de vida embaralhada e
sobrevivência confirmada.
Nasceu,
cresceu e viveu, da luta jamais correu, da trajetória não esqueceu, ao fracasso
não se rendeu e no casulo adormeceu.
Cleonice Machado/ Amarante, 28 de
dezembro de 2021.
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