No universo dos relacionamentos, seja ele amoroso ou de amizade, está cada vez mais impossível os envolvidos primarem pela fidelidade. É bastante comum, quando se trata de amizades, o encontro das interesseiras, que são exatamente aquelas que duram apenas enquanto a parte maliciosa, estiver usufruindo de vantagens oferecidas pela parte usada. Observa-se com frequência por exemplo, quando uma das partes possue um poder aquisitivo maior, ou que ocupa cargos superiores, pois em ambas as situações, o interesseiro pode levar algumas vantagens em manter a amizade de papel, de onde ele só recebe e nada oferece, nem mesmo a amizade verdadeira.
No que tange ao relacionamento amoroso, diante da realidade atual, onde infelizmente impera o desrespeito e a prostituição, as relações estão cada vez mais frágeis. Nunca se viu tão elevado índice de separação. Diante de tais índices assustadores, muitas vezes ouve-se frases lamentáveis como: fulano é bom porque não bebe, não fuma, não gosta de festas e é trabalhador. Isso remete à impressão de que a infidelidade deve ser compreendida e aceitada, sendo que ser fiel é uma obrigação. Ninguém é bom porque não trai, a bondade é um conjunto, onde deve ser primordial, além da fidelidade, o respeito, a tolerância, a harmonia e a cumplicidade.
Desse modo, percebe-se a necessidade de relacionamentos mais sólidos, baseados na confiança e no respeito mútuo, onde o interesse no sucesso da relação, seja mais importante do que as vantagens financeiras e cômodas oferecidas.
Cleonice Machado
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