segunda-feira, 6 de julho de 2009

O Tudo e o Nada

Vida que não é vida
Vida sem se viver
Vida sem ter sentido
Podendo sentido ter.

Pensamento, único sentido
Lembrança do que viveu
Saudades efervescentes
Que o coração sofreu.

Sentimento, uma incógnita
Que parece não ter fim
Uma dor profundamente
Explodindo sempre assim.

Olhares que falam tudo
O que o coração sente
Porém não pode ser dito
Ficando apenas na mente.

A ilusão do esquecido
Acaba com um olhar
O amor adormecido
Volta a se manifestar.

O corpo estremece todo
Parecendo um vulcão
Onde as chamas penetram
Direto ao coração.

O amor que nasceu do nada
Podendo no nada está
Deu espaço para o tudo
Parece querer matar.

Quantas mágoas ele deixou
Quantas feridas sem fim
Quantas decepções vividas
Acabando tudo assim.

A amizade que era tudo
Em nada se transformou
O amor que não era nada
Em tudo concretizou.

O tudo que não é vida
A vida que não é nada
O nada que quer ser tudo
Porém o tudo é que é nada.

Cleonice Machado

Poesia extraída do Livro O Pensar do Coração-2005



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